Astrofísico Ronaldo Rogério de Freitas Mourão: cientista e poeta |
Plutão, planeta Joviano, aliás, planeta-anão |
Nuvem de Oort, além do Cinturão de Kuiper |
Plutão e sua trajetória que passa pelo Cinturão de Kuiper |
Nuvem de Oort: longe pra caramba |
Certeza é que estamos falando de coisas que estão muito longe. Da Terra para o Sol, considera-se a distância de 150 milhões de quilômetros, o equivalente a 1AU (uma unidade astronômica). Muito bem, o Cinturão de Kuiper, que passa por Netuno e depois Plutão e os planetas-anões Haumea e Makemake, localiza-se entre 30 a 50 AU. A Nuvem de Oort, por sua vez, diferente do grande anel de detritos (ou cinturão) de Kuiper, vai de 1000 a 100.000 AU, verdadeira nuvem encobrindo todo o Sistema Solar e de onde partem os mais variados cometas rumo ao sol.
Tudo isso sabemos graças à divulgação científica. Não fossem o homem e sua capacidade desafiadora de aprender mais e mais sobre os mais profundo mistérios cósmicos, ainda hoje acreditaríamos que a Terra é o centro do universo e que os mitos seriam superiores aos achados e avanços da ciência.
Mourão: um gigante entre nós |
Obra que todo brasileiro deveria ter em casa |
Quando começa a folhear tal obra, o leitor se depara com uma dedicatória a Lulu Santos (isso, o cantor e compositor popular) e, em seguida, a letra da canção “Como Uma Onda”, de Lulu e Nelson Motta:
Nada do que foi será
De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa
Tudo sempre passará
A vida vem em ondas
Como um mar
Num indo e vindo infinito
Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente viu há um segundo
Tudo muda o tempo todo no mundo
Não adianta fugir
Nem mentir pra si mesmo agora
Há tanta vida lá fora
Aqui dentro sempre
Como uma onda no mar!
Com um finíssimo humor e um cavalheirismo raro em nossos dias, Ronaldo Rogério Freitas Mourão nesse “Livro de Ouro” conduz o leitor por um imenso passeio pela Cosmolândia. A cada informação, seja referente à história da astronomia, aos cometas, ao Sistema Solar e seus planetas e aos eventos misteriosos como Tunguska e a catástrofe que teria dizimado os dinossauros, o autor intercala amplo conhecimento da poesia que embala nossa melhor literatura e nosso cancioneiro popular.
Estão lá os versos “Céu, tão grande é o céu, e o bando de nuvens que passam ligeiras, aonde elas vão, ah eu não sei, não sei...” (“Dindi”, de Antonio Carlos Jobim e Aloysio de Oliveira), bem como estrofes de Manoel Bandeira, Olavo Bilac, Gilberto Gil, Cassiano Ricardo, Aldemar Tavares, Lamartine Babo, Custódio Mesquita, Casimiro de Abreu, Assis Valente, Carlos Drummond de Andrade, e J.G. de Araújo Jorge.
Mourão: cavalheiro em terra de brutos |
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